Hoje abro um novo post como intitulado acima, neste pretendo falar um pouco dos livros que já li e amei, aproveitando também para deixar uma boa dica de leitura.
Amo passar parte do meu tempo em bibliotecas, sebos e lojas de livros, aliás não posso nem entrar muito ás vezes, pois esqueço do tempo lá dentro, em uma destas entrada em um “Café Book” me deparei com a “A Menina que Roubava Livros” de Markus Zusak, foliei o livro, senti seu cheiro e li seu prefacio, fiquei enlouquecida pela história, ao lerem vocês vão ver o que falo.
Por incrível que parece demorei um tempo ainda para ter o prazer de compra-lo e me deleitar com suas palavras, mas antes de falar mais desta história vou apresentar o autor.
Markus Frank Zusak é um escritor australiano, que ficou famoso pelo seu best-seller internacional "A Menina que Roubava Livros". Já escreveu outros livros desde infantil até romances, com uma forma inovadora e poética dos dias atuais foi batizado como um "fenômeno literário" por críticos australianos e norte-americanos. Vencedor do prêmio de quatro livros para jovens: "The Underdog", "Fighting Ruben Wolfe", "Getting the Girl", e "Eu Sou o Mensageiro”, que acabei de ler e também falarei dele mais adiante.
Já pensou ler uma história narrada pela morte que te assombra 24 horas por dia? Pois é isso que você vai encontrar neste livro, uma poesia das palavras pelas palavras que te prende do inicio ao fim.
Liesel Meminger, personagem central, encontrou a Morte três vezes. Saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria morte, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história. A vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Na distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida dela em um tempo que a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte.
O gosto de roubar livros deu Liesel uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. No decorrer de sua história ela contará com algumas pessoas como Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar, Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.
Pra quem ainda não se aventurou no mundo de Liesel Meminger, com certeza não sabe o que está perdendo!
Uma história encantadora como já disse, mas vou deixar para vocês mesmos descobrirem em sua leitura, mas não deixo de registrar alguma passagem do livro abaixo:
“ Uma pequena Teoria (pela Morte): As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.” Pg. 10
"O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feirúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles tem uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer.”
"Mesmo que morramos carnalmente,
Mesmo que deixemos de existir para o mundo,
Pra alguém, vou sempre viver.
Enquanto alguém que lembrar de mim viver,
Viverei no mesmo corpo, no mesmo coração.
O amor é capaz de retardar a morte,
Principalmente pelo fato de a alma de todos ser imortal."
"Imagine sorrir depois de levar um tapa na cara. Agora imagine fazê-lo vinte e quatro horas por dia."
"...Uma série de ferimentos aflorou à superfície da pele. Tudo por causa das palavras."
“Eu sou o Mensageiro” 3º livro que Markus publicou, no início da leitura pensei, joguei meu dinheiro fora, o livro não é bom! Leigo engano. Talvez não tenha gostado logo de início devido algumas palavras ou frases de baixo calão (opinião minha), mas não deixe ele de lado, continuei a leitura e fui me apaixonado por “Ed Kennedy” um taxista de 19 anos, dito ruim de sexo, odiado pela mãe, que tem um cachorro fedorento chamado Porteiro e a garota pela qual ele é apaixonado diz que ele é seu meu melhor amigo.Como o livro é narrado pelo próprio Ed nos deparamos com gírias e palavrões, e também de noções práticas e sutis de beleza, amor, medo, felicidade, frustração e todos os sentimentos que atacam os seres humanos.
Ed mora com seu cachorro fedorento e se reúne todo fim de semana com seus amigos para um jogo de cartas, tomar cervejas e bater-papo. Jovens como ele e sem perspectivas, Marv, tagarela e fumador de charutos; Ritchie, bebedor de cerveja; e Audrey, por quem ele nutre uma paixão secreta.
Após impedir um assalto, começa a receber cartas anônimas, com inscrições por vezes sem sentido, que o levam para pessoas que de alguma maneira necessitam de sua ajuda. Ed acaba por se transformar ao fazer o bem sem o mesmo saber por que o fazer. Ele cumpri sua missão com muita competência . O coração bate forte junto com o dele e, no final, parece que somos tão íntimos que dá até para sentir o que ele sente.
Se você ainda não leu este livro, corra para uma livraria o mais rápido possível, se for um amigo próximo ele esta a disposição par empréstimos.
“ Querida Milla,
Minha alma precisa da sua.
Com amor.
Jimmy.” Pg. 57
"Às vezes as pessoas são bonitas. Não pela aparência física. Nem pelo que dizem. Só pelo que são." Pag. 199
“Eu queria ficar na varanda com ele até o sol brilhar sobre nós dois. Mas não fiquei. Eu me levantei e desci as escadas. Prefiro correr atrás do sol a esperar que ele venha incidir sobre mim." Pg. 253
Boa leitura!
Abraços...
Até breve...
Fonte: Livros - A Menina que Roubava Livros /1º edição 2006
- Eu sou o Mensageiro
http://www.randomhouse.com/features/markuzusak
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