Livro da hora!

Hoje trago mais uma excelente indicação, minha opinião lógico, mas tenho certeza que aqueles que já tiveram o prazer de se deleitar com “A Sombra do Vento“, vão concordar e até aqueles que se arriscarem nesta leitura fascinante de três histórias que se entrelaçam como uma cadeia de DNA.

Mas vou falar do livro mais a diante, primeiro vou apresentar o escritor Carlos Ruiz Zafon, sua carreira literária começou em 1993 com The Prince of Mist (Prêmio Edebé), que é seguido por The Palace Midnight , Luzes Setembro (em um volume, The Trilogy of the Mist ) e Marina . Em 2001 ele publicou seu romance adulto da qual vou falar daqui a pouquinho, logo se tornou um fenômeno literário internacional. Em 2008 ele traz o Jogo do Anjo este, vou falar em um post futuro, pois ainda estou me deleitando em seu universo, ele retoma o universo do Cemitério dos Livros Esquecidos, do livro de hoje. Suas obras já foram traduzidas para mais de quarenta idiomas e ganhou inúmeros prêmios e milhões de leitores nos cinco continentes.

“A Sombra do Vento”

Vale a leitura, principalmente se você é fã dos livros e pode até jurar que eles têm personalidade própria (li isto em algum lugar).

 

Com já disse são três história entrelaçadas de pura emoção, você ao começar a lê não vai querer largar-lo antes de chegar ao fim do mesmo.

A primeira nos leva ao Cemitério dos Livros Esquecidos, onde o jovem Daniel Sempere, conduzido pelo pai pelos labirintos desta estranha confraria encontra um exemplar de “A Sombra do Vento” do enigmático e semi-desconhecido Julián Carax.

“Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. 

Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se forte.” Pág. 7

A segunda é a própria vida de Julián que Daniel vai desvelando ao longo de toda sua infância e juventude através de peças coladas e que remontadas guardam mórbida semelhança entre tempo presente, passado e continuo.

A terceira história, esta do tempo contínuo, pulsa dentro das obras de Julián como combustível para a transformação do próprio Daniel, que vive suas conquistas e desilusões num mundo cercado de livros (é ajudante do pai na livraria da família), histórias e finais nem sempre felizes.

“Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó cujo cheiro ainda conservo nas mãos.”

“Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos sob suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece.” pág 9

Quando vocês adentrarem  por meio de A Sombra do Vento verás uma narrativa eletrizante, prosa ora poética, ora irônica. Miistura de gêneros como o romance e aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.

Imploro a vocês meus queridos leitores, não deixem passar esta oportunidade de se apaixonar em cada linha, cada pagina deste livro, como o livro do meu primeiro post de  “Livro da Hora!”  “A Menina que Roubava Livros” é a penas o fascínio pelas palavras dentro das palavras, lindo!!

Como já disse, se for um amigo próximo ele esta a disposição par empréstimos.

Boa leitura!

Abraços...

Até breve...

Fonte: A Sombra do Vento – Objetiva, edição 2007 

              http://www.carlosruizzafon.com