Gente desculpe por Focar só em uma coisa ultimamente, mas fazer o quê né, é o coração, Minha Vida, uma das razões que me leva a continuar a caminhar.
Hoje estou de volta, e espero que o meu amor seja inspiração para continuar a caminhar e assim fazer as minhas postagens conforme havia me comprometido no início.
Nesta volta de "Em Foco!" trago a vocês a poesia de Júlia Cortines Laxe (1868-1948) nascida em Rio Bonito, Rio de Janeiro. Pouco sabemos da vida desta notável, mas quase esquecida, poetisa mas presume-se que haja exercido o professorado, tendo colaborado nos jornais e revistas de sua época, entre eles A Semana.
Como não tenho muito para falar desta escritora e poetisa vou direto ao assunto que é a própria poesia, palavras fortes e profundas, boa leitura!
“Vale à pena morrer; fugir do mundo As trilhas da selvática aspereza, E mergulhar de novo no profundo Abismo da profunda natureza.”
Última Página
Antes de mergulhar no silêncio da morte,
Ou da idade sentir a fraqueza e o torpor,
Eu quisera lançar, num supremo transporte,
Meu grito de revolta e meu grito de horror.
Mas sei que por mais forre e por mais estridente
Que ela corra através do infinito, até vós,
Ó céus, que além brilhais numa paz inclemente,
Nem qual brando rumor chegará minha voz!
Mas sei que não há dor que a natureza vença,
E que nunca a fará de leve estremecer
Na sua eternidade e sua indiferença
O lamento que vem dum transitório ser.
Mas sei que sobre a face execrável da terra,
Onde cada alma sente, em torno, a solidão,
Esse grito, que a dor duma existência encerra,
Não irá ressoar em nenhum coração.
Contudo, num clamor de suprema energia,
Eu quisera lançar minha voz! Mas a quem
Enviar esse brado imenso de agonia,
Se para o compreender não existe ninguém?!
Vibrações (1905)
Também deixo a imagem abaixo do Foco com uma frase da Julia.
Espero que tenham gostado!
Abraços...
Até breve...
Fonte: Revista Caras
http://www.antoniomiranda.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário