Hoje trago a sensibilidade de Walt Whitman, um Poeta norte-americano que conheci nas minhas constantes pesquisa no Google, dito como um Revolucionário por sua temática de poesia. Entre suas defesas na hora de escrever encontram-se os direitos da mulher e o amor livre.
Walt tinha uma percepção do todo e olhava para o mundo, chegou até a nos brindar com o poema “Uma saudação ao Natal”:
“Bem-vindo, irmão brasileiro – teu amplo lugar está pronto;
Uma afetuosa mão – um sorriso do norte – uma instantânea saudação solar!
Deixa que o futuro cuide de si mesmo, no lugar em que revela seus tormentos e impedimento...”
Walt enaltece as mulheres em alguns poemas como em “Milagres” os versos destes que mais me encanta é:
"Cada momento de luz ou de treva
é para mim um milagre,
milagre cada polegada cúbica de espaço,
cada metro quadrado da superfície da terra
por milagre se estende, cada pé
do interior está apinhado de milagres."
Esta é a forma Fêmea
"Não se envergonhem, mulheres:
é de vocês o privilégio de conterem
os outros e darem saída aos outros
— vocês são os portões do corpo
e são os portões da alma."
Ele fala de amores e de encanto do ser, para o ser , num todo ou em partes como nos versos do poema abaixo:
Do Inquieto Oceano Da Multidão
“Do inquieto oceano da multidão
veio a mim uma gota gentilmente
suspirando:
- Eu te amo, há longo tempo
fiz uma extensa caminhada apenas
para te olhar, tocar-te,
pois não podia morrer
sem te olhar uma vez antes,
com o meu temor de perder-te depois.”
Para finalizar, pois acho que já me excedi, mas, não posso deixar de registrar o primeiro poema dele que conheci e amei:
Canção de mim mesmo

"Eu celebro o eu, num canto de mim mesmo,
E aquilo que eu presumir também presumirás,
Pois cada átomo que há em mim igualmente habita em ti.
Descanso e convido a minha alma,
Deito-me e descanso tranqüilamente, observando uma haste da relva de verão.
Minha língua, todo átomo do meu sangue formado deste solo, deste ar,
Nascido aqui de pais nascidos aqui de pais o mesmo e seus pais também o mesmo,
Eu agora com trinta e sete anos de idade, com saúde perfeita, dou início,
Com a esperança de não cessar até morrer.
Crenças e escolas quedam-se dormentes
Retraindo-se por hora na suficiência do que não, mas nunca esquecidas,
Eu me refugio pelo bem e pelo mal, eu permito que se fale em qualquer casualidade,
A natureza sem estorvo, com energia original.
Casas e cômodos cheios de perfumes, prateleiras apinhadas de perfumes,
Eu mesmo respiro a fragrância, a reconheço e com ela me deleito,
A essência bem poderia inebriar-me, mas não permitirei.
A atmosfera não é um perfume, mas tem o gosto da essência, não tem odor,
Existe para a minha boca, eternamente; estou por ela apaixonado
Irei até a colina próxima da floresta, despir-me-ei de meu disfarce e ficarei nu,
Estou louco para que ela entre em contato comigo.
A fumaça da minha própria respiração,
Ecos, sussurros, murmúrios vagos, amor de raiz, fio de seda, forquilha e vinha,
Minha expiração e inspiração, a batida do meu coração, a passagem de sangue e de ar através de meus pulmões. O odor das folhas verdes e de folhas ressecadas, da praia e das pedras escuras do mar, e de palha no celeiro, O som das palavras expelidas de minha voz aos remoinhos do vento.
Alguns beijos leves, alguns abraços, o envolvimento de um abraço,
A dança da luz e a sombra nas árvores, à medida que se agitam os ramos flexíveis,
O deleite na solidão ou na correria das ruas, ou nos campos e colinas,
O sentimento de saúde, o gorjeio do meio-dia, a canção de mim mesmo erguendo-se da cama e encontrando o sol.
Achaste que mil acres são demais? Achaste a terra grande demais?
Praticaste tanto para aprender a ler?
Sentiste tanto orgulho por entenderes o sentido dos poemas?...”
Será teu o bem da terra e do sol (há milhões de sóis para encontrar),
Não possuíras coisa alguma de segunda ou de terceira mão, nem enxergarás através do olhos de quem já morreu, nem te alimentarás outra vez dos fantasmas que há nos livros.
Do mesmo modo não verás mais através de meus olhos, nem tampouco receberás coisa alguma de mim, Ouvirás o que vem de todos os lados e saberás filtrar tudo por ti mesmo.
Eu ouvi a conversa dos falantes, a conversa sobre o início e sobre o fim,
Mas não falo nem do início nem do fim.
Nunca houve mais iniciativa do que há agora,
Nem mais juventude ou idade do que há agora,
E jamais haverá mais perfeição do que há agora,
Nem mais paraíso ou inferno do que há agora,
O anseio, o anseio, o anseio,
Sempre o anseio procriador do mundo....
Clara e doce é minha alma e claro e doce é tudo aquilo que não é minha alma.
Faltando um falta o outro, e o invisível é provado pelo visível
Até que este se torne invisível e receba a prova por sua vez...
Apresentando o melhor e isolando do pior, a idade agasta a idade,
Conhecendo a adequação e a eqüanimidade das coisas, enquanto eles discutem eu mantenho-me em silêncio e vou me banhar e admirar a mim mesmo...
Estou satisfeito – vejo, danço, rio, canto;...”
Até que este se torne invisível e receba a prova por sua vez...
Apresentando o melhor e isolando do pior, a idade agasta a idade,
Conhecendo a adequação e a eqüanimidade das coisas, enquanto eles discutem eu mantenho-me em silêncio e vou me banhar e admirar a mim mesmo...
Estou satisfeito – vejo, danço, rio, canto;...”
Walt Whitman
(1819 - 1892) Trecho do Livro “FOLHAS DE RELVA”
(1819 - 1892) Trecho do Livro “FOLHAS DE RELVA”
Fonte: http://www.citador.pt/poemas/vida-walt-whitman
http://www.blckatpems.com
Abraços sempre...
Até breve...
Até breve...
Nenhum comentário:
Postar um comentário