Livro da hora!

Vocês gostam de quebra cabeça? Pois foi a sim que me senti com o livro que acabei de lê “A Menina que não sabia ler”, este é mais um que fala de livros e a paixão pelas narrativas diversas de um universo. Regada a muito mistério.

Percebo nas palavras de John Harding, escritor inglês, a influência de nosso já conhecido Carlos Ruiz Zafón dos post anteriores.

A historia é narrada pela personagem principal, minha querida Florence, em uma mansão escura e esquecida pelo dono, tio e tutor que negligencia a existência dela e de seu meio irmão Giles. Lugar em que  nada é o que se parece.

Florence não tem permissão para ser educada, pois naquela época (1891) era muito comum proibirem ou dificultarem a educação das mulheres, afinal,"conhecimento é poder".  Ela descobre um mundo encantado em uma biblioteca proibida, deslumbrada segue o caminho se tiornando autodidata e aprendendo a ler as escondidas em suas visitas sorrateiras e muitas vezes noturnas aquele mundo.

Ela nos leva a não sabermos o que é imaginação e o que é realidade e assim se dá o desenrolar da historia em  que se acha pistas por todo lado já nas primeiras paginas, mas temos que ficar de antenas ligadas, pois tem coisas que nós, leitores temos de inferir, pois as respostas não são tão claras.

A narrativa conta com Giles, já citado acima, o queridinho e protegido irmão caçula de Florence. Temos os empregados John, Mary, Meg e a Sra. Grose (governanta) que acabam por formar uma espécie de família. Também contamos com o asmático e apaixonado Theo, vizinho, que vêm para o campo toda ás vezes que sua doença fica grave.

Além de todo o mistério das origens das crianças, entram na trama as preceptoras de Giles, a primeira, morre afogada na lagoa, algo que ninguém na mansão consegue entender. A segunda é a srta. Taylor, mulher fria e cheia de segredos que movimenta as engrenagens de tudo na velha casa com a sua chegada.

Flo, como era chamada pelo irmão, acreditando que a nova preceptora era uma bruxa e quer separá-la dele, começa a vigiá-la e arquitetar um plano para se livrar da mesma. Fica tudo muito tenso, você vai ver a mesma história por diversos ângulos no decorrer da leitura e em um determinado momento você não consegue decidir quem é mais louco. 

Até onde vai o poder de imaginação de uma pessoa? E até onde isso é saudável?

Vocês não podem perder o desenrolar deste mistério, o final é realmente surpreendente.

Como já disse se for um amigo próximo ele esta a disposição par empréstimos.

Boa leitura!

Abraços...

Até breve... 

 Fonte: O próprio livro - Editora: Leya  - 2010